terça-feira, 2 de março de 2010

MEDIUNIDADE NÃO É LOUCURA

Mediunidade não é loucura...
Osvaldo Shimoda

A ciência sem a religião é manca;
a religião sem a ciência é fanatismo".
- Einstein.

O dicionário Aurélio define "mediunidade" como a condição de médium; e "médium" como o intermediário entre os vivos e as almas dos mortos. Potencialmente, todos somos médiuns. Ou seja, a mediunidade é condição natural do ser humano, pois se trata de uma faculdade inerente ao espírito. Neste sentido, a mediunidade faz parte da natureza do homem e, portanto, não há nada de sobrenatural. Em verdade, a mediunidade é um tipo de transe que pode ser provocado de forma mediúnica por espíritos bons ou maus e pela indução hipnótica. Alguns a possuem em estado bastante aflorado; são pessoas muitos sensíveis, pois receberam uma preparação em seu corpo espiritual (perispírito) antes de reencarnar para exercerem sua mediunidade; outras, a possuem em estado latente e, portanto, precisam desenvolvê-la.
Não obstante, a ciência médica e a psicológica ainda associam as manifestações mediúnicas a distúrbios psiquiátricos. Desta forma, os médiuns que incorporam seres "invisíveis" e/ou ouvem suas vozes, são diagnosticados como esquizofrênicos.

No entanto, nas últimas décadas, muitos pesquisadores têm demonstrado que vivências mediúnicas não estão necessariamente associadas a quadros patológicos. O Dr. Mauro Kwitko, psiquiatra de Porto Alegre e também colaborador do Site Somos Todos Um, é autor do livro "Doutor, Eu Ouço Vozes!" Neste livro, Kwitko busca fazer um diagnóstico diferencial entre distúrbios psiquiátricos e mediunidade.

Um outro médico psiquiatra, o Dr. Alexandre Moreira de Almeida, defendeu a tese: "Fenomenologia de Médiuns Espíritas" no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP. Almeida traçou o perfil de saúde mental de 115 médiuns. No final do trabalho, o psiquiatra concluiu que todos apresentavam uma boa saúde mental, apesar de terem visões e ouvirem vozes alheias aos seus pensamentos. A banca à qual o psiquiatra defendeu sua tese foi composta por pesquisadores destacados e de renome internacional que fizeram elogios e críticas ao seu trabalho. Sua tese foi aprovada pela banca.

Na minha prática clínica, em meu consultório, é comum os pacientes entrarem em transe mediúnico (estado alterado de consciência) após a indução ao relaxamento profundo e pela ação dos espíritos de elevada (ou de pouca) evolução. É por isso que na entrevista inicial de avaliação (anamnese), fico atento às queixas de dores e doenças relatados por eles, cujas causas, apesar de se submeterem a todos os exames médicos, não foram encontradas. Essas queixas e doenças podem ser um indicador de que alguns pacientes têm uma mediunidade "aberta".
Observei ainda o seguinte quadro clínico frequentemente apresentado por eles:

- Dores pelo corpo que se manifestam ora em um lugar, ora em outro;
- Frio nas extremidades das mãos e dos pés;
- Sintomas de doenças; queda de pressão, falta de ar, arrepios;
- Dor na nuca, enjôo e cabeça pesada;
- Calafrios no corpo todo, chegando a apresentar febre;
- Instabilidade emocional, que vai da euforia, agitação, ansiedade, instabilidade e nervosismo à depressão sem causa aparente, bem como choro fácil;
- Pensamentos negativos, pessimismo.

Veja a seguir o caso de uma paciente que, por conta de sua mediunidade aflorada, desenvolveu uma doença (queda de cabelos) e uma série de problemas de ordem emocional.

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