sexta-feira, 12 de março de 2010

CORAÇÃO COVARDE


Recusar o amor de alguém
é o pulsar mais torpe
de um coração covarde

José Augusto Cavalcante

REFLEXÃO


Que a distancia entre eu e você
Não transforme nossas esperanças
Em dias de incertezas

José Augusto Cavalcante

terça-feira, 2 de março de 2010

BIOGRAFIA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER



Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910.Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade.Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar". O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração. Algum tempo depois, terminou seu martírio. Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados. A situação era difícil. A guerra acabara e graçava a gripe espanhola.O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar.Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes.Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas.Em janeiro de 1919, Chico Xavier começou o ABC.Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância. Foi, então, que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola.Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que pedisse um conselho ao espírito de sua mãe.À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa.Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos.À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas queninguém podia compreender!O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros.Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando.O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio. Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros.E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo. Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite.Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das 6h30 às 20h.As perturbações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo.Em 1927, uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar.Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas.Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.
Atividades mediúnicas em Pedro Leopoldo Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos. Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus!Em maio de 1927, foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras.A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier.Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público.Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931.Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos. Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro. O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos.Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando sobre assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.Atividades mediúnicas em UberabaEm 5 de janeiro de 1959, mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã.Deu ele, então, início à famosa perigrinação.Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo.Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram. Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria. Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço. Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois, impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho.Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.
Chico Xavier morre em 30.06.2002Maior médium do Brasil, levou uma vida humilde e voltada para a religião e para a caridade Fabiana FevoriniO médium Chico Xavier morreu na noite deste domingo, aos 92 anos em Uberaba, Minas Gerais. Ele estava com vários problemas de saúde e teve uma parada cardíaca. Ele completaria 75 anos de atividade mediúnica, no próximo dia 8 de julho.Francisco de Paula Cândido nasceu em Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, e aos 17 anos aderiu ao espiritismo. Começou a promover reuniões em sua própria casa, até fundar o Centro Espírita Luís Gonzaga. Ao longo de sua atividade, ele psicografou e publicou mais de 400 livros com mensagens de espíritos. O dinheiro das vendas das publicações era revertido para obras de caridade.Chico se tornou extremamente popular e atraiu milhares de fiéis não só no seu estado, como em todo o País. Entres os seus admiradores estavam celebridades como Roberto Carlos, Antônio Fagundes e Nair Belo.Por conta dos problemas de saúde, no final da vida, ele parou de psicografar mensagens e se afastou da atividade religiosa.

ASSIM FALOU JESUS



Disse o Mestre: "buscai e achareis".
Mesmo nos céus, você pode fixar a atenção na sombra da nuvem
ou no brilho da estrela.
Afirmou o Senhor: "cada árvore é conhecida pelos frutos."
Alimentar-se com laranja ou intoxicar-se com pimenta é problema seu.

Proclamou o Cristo: "orai e vigiai para não entrardes em tentação, porque o espírito, em verdade, está pronto, mas a carne é fraca."
O espírito é o futuro e a vitória final, mas a carne é o nosso próprio passado, repleto de compromissos e tentações.

Ensinou o Mentor Divino: "não condeneis e não sereis condenados".
Não critique o próximo, para que o próximo não critique a você.

Falou Jesus: "quem se proponha conservar a própria vida, perdê-la-á".
Quando o arado descansa, além do tempo justo, encontra a ferrugem que o desgasta.

Disse o Mestre: "não vale para o homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma".
A criatura faminta de posses e riquezas materiais, sem trabalho e sem proveito, assemelha-se, de algum modo, a pulga que desejasse reter um cão para si só.

Afirmou o Senhor: "não é o que entra pela boca que contamina o homem".
A pessoa de juízo são, come o razoável para rendimento da vida, mas os loucos ingerem substâncias desnecessárias para rendimento da morte.

Ensinou o Mentor Divino: "andai enquanto tendes luz".
O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.

Proclamou o Cristo: "orai pelos que vos perseguem e caluniam".
Interessar-se pelo material dos caluniadores é o mesmo que se adornar você, deliberadamente, com uma lata de lixo.

Falou Jesus: "a cada um será concedido segundo as próprias obras".
Não se preocupe com os outros, a não ser para ajudá-los; pois que a lei de Deus não conhece você pelo que você observa, mas simplesmente através daquilo que você faz.

ANDRÉ LUIZ

PALAVRAS AOS ENFERMOS

Toda enfermidade do corpo é processo educativo
para a alma.
Receber, porém, a visitação benéfica entre
manifestações de revolta é o mesmo que
recusar as vantagens da lição,
rasgando o livro que no-la transmite.
A dor física, pacientemente suportada,
é golpe de buril divino,
realizando o aperfeiçoamento espiritual.
Tenho encontrado companheiros a irradiarem
sublime luz do peito, como se guardassem
lâmpadas acesas dentro do tórax.
Em maior parte, são irmão que aceitaram,
com serenidade, as dores longas que a
Providência lhes endereçou, a benefício
deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por
grande número de ex-tuberculosos e ex-leprosos,
em lamentável posição
de desequilíbrio, afundados muitos deles
em charcos de treva,
porque a modéstia lhes constituiu tão
somente motivo de insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de
piedade, porque não existe sofrimento sem
finalidade de purificação e elevação.
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação
de caminho para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento
da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem,
com o tempo, em claridade interior, quando o
enfermo sabe manter a paciência,
aceitando o trabalho regenerativo por
bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé, nos dias
de aflição, encontrará a paz
com brevidade e segurança, porque a dor,
em todas as ocasiões,
é a serva bendita de Deus, que nos procura,
em nome dele a fim de levar a efeito, dentro
de nós, o serviço da perfeição
que ainda não sabemos realizar.

Ditada Pelo Espírito de
Néio Lúcio ao
( Chico Xavier )

RESPOSTAS DE DEUS

Eis algumas das respostas de Deus, nos fundamentos da vida,
através da Misericórdia Perfeita:

o bem ao mal;
o amor ao ódio;
luz às trevas;
equilíbrio à perturbação;
socorro à necessidade;
trabalho à inércia;
alegria à tristeza;
esquecimento às ofensas;
coragem ao desânimo;
fé à descrença;
paz à discórdia;
renovação ao desgaste;
esperança ao desalento;

recomeço ao fracasso;
consolo ao sofrimento;
justiça à crueldade;
reparação aos erros;
conhecimento à ignorância;
bênção à maldição;
amparo ao desvalimento;
verdade à ilusão;
silêncio aos agravos;
companhia à solidão;
remédio à enfermidade;
e sempre mais vida nos processos da morte.

Efetivamente, podemos afirmar que Deus está sempre ao nosso lado,
mas pelas respostas de Deus, no campo da vida, ser-nos-á possível medir sempre
as dimensões de nossa permanência pessoal ao lado de Deus.

ANDRÉ LUIZ
(Respostas da Vida, 40, F. C. X., IDEAL)

QUANTO MAIS

Quanto mais
Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.
*

Quanto mais auxiliardes aos outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.

*

Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis buscando paz e progresso, elevação e luz.

*

Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.

*

Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranqüilidade em vossos passos.

*

Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bênçãos dele, nosso Mestre e Senhor.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes.

CONSELHO SIMPLES

Utilize as horas com moderação, realizando cada tarefa por sua vez, sem interrupção.
Trabalho continuado - rendimento vultuoso.

*

Modifique, sem mais tardança, o conceito negativo a respeito de quem você conheceu num momento infeliz.

A opinião má que se renova contribui para a sementeira da fraternidade.

*

Antes que os labores diurnos o surpreendam, realize no leito a comunhão com o Senhor, através da meditação.

O homem mantém a comunicação com o Pai Celeste pelos invisíveis fios do pensamento.

*

Resguarde-se da enfermidade, cultivando a higiene mental.

Mente asseada - corpo equilibrado.

*

Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.

Obstáculo vencido - aprendizagem inesquecível.

*

Acomode-se ao temperamento alheio, vencendo as imposições do instinto, quando a serviço do auxílio.

Quem relaciona dificuldades não dispõe de tempo para ajudar.

*

Receba o intrujão com delicadeza, expondo-lhe a verdade sem arrogância deliberada.

Todo usurpador se transforma em algoz de si mesmo.

*

Precavenha-se da agressão do ódio, pelo exercício do amor.

A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.

*

Aceite o sofrimento como fenômeno natural da experiência evolutiva.

A enfibratura moral consolida-se no fragor das batalhas diárias.

*

Repare a terra submissa e boa, sulcada pelo arado para a dádiva do pão.

Aprenda com ela a lição da humildade e deixe que o Agricultor Compassivo transforme sua vida num seminário de amor para o bem de todos.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco

RESPOSTAS

Como Respondeu?
“Perdoar aos inimigos é pedir
perdão para si próprio; perdoar
aos amigos é dar-lhes uma prova
de amizade; perdoar as ofensas é
mostrar-se melhor do que era.”
(Alan Kardec, E.S.E. Cap.X, ltem 15.)

À hora de cólera, você exclamou: “Vingar-me-ei!”
E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.

*

Escarnecido pela ignorância, você retrucou: “Infeliz perseguidor!”

E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.

*

Esbofeteado pela agressividade da intolerância, você reagiu: “Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!”

E desperdiçou a lição do sofrimento.

*

Dominado pela preguiça, você justificou: “Amanhã farei a assistência programada.”

E esqueceu que agora é a hora da ação editicante.

*

Acuado pela perseguição geral, você indagou: “Por que Deus me abandonou?”

E não enxergou a Divina Presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.

*

Aturdido pela maledicência, você desabafou: “Ninguém presta!”.

E feriu, sem motivo, muitas almas boas ,generalizando a invigilância e a crueldade.

*

Esmagado pela pobreza, você inquiriu: “Onde o socorro celeste?”

E atestou o apego às coisas terrenas.

*

Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: “Só os maus vencem!”

E desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.

*

Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: “Estou perdido!”

E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.

*

Entretanto, poderia dizer sempre: “Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego.”

E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

DEUS SABE

Deus Sabe
Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.

Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.

Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.

Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.

Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.

Deus sabe tudo!

Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada.

MÃOS FORTES E LIMPAS

Meu irmão, minha irmã,



Ilumina o coração para que o amor seja o laço do céu, a irmanar-te com todas as criaturas.
Purifica teus olhos para que os males da peregrinação terrestre não te perturbem a mente.
Defende os ouvidos contra as sugestões da ignorância e da sombra, a fim de que a paz interior não te abandone.
Clareia e adoça tua palavra para que teu verbo não acuse e nem fira, ainda mesmo na hora da consagração da verdade.
Conduze teu pensamento a grande compreensão do próximo, ajudando aos que te cercam, tanto quanto desejes ser por eles auxiliados.
Equilibra teus pés no caminho reto sem te precipitares aos abismos que tantas vezes surgem à margem de nossa vida, induzindo-nos à queda e ao desespero.
E, desse modo, terás contigo o tesouro das mãos fortes e limpas para abençoar e servir, conduzir e curar, em nome do Senhor.


ANDRÉ LUIZ

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Evolução Espiritual


Os caminhos para a evolução espiritual são diversos. Destaco alguns para a nossa reflexão: estudos de textos sagrados e espiritualistas; oração; meditação; caridade; perdão e desapego.

Estudo

Quando lemos obras sagradas e espiritualistas, exercitamos nossas camadas mais profundas, despertando nossa consciência interior (somos seres espirituais com experiências conquistadas em várias encarnações); estimulamos assim, a nossa ascensão espiritual.

Oração

Pela oração fazemos a conexão direta com a nossa alma (a camada divina existente em nós), despertamos a ponte que nos leva ao céu e que o trás até nós.

Meditação

Ao meditarmos, ficamos em estado de elevação da consciência, liberamos os chakras (abrimos os portais espirituais) e passamos a captar as ondas energéticas do mundo espiritual superior, fortalecendo-nos e sendo inspirados a termos bons pensamentos e sentimentos sublimes, amenizando ainda o nosso estresse. Esse estado especial nos permite também, em muitos casos, reviver cenas de vidas passadas (sanando sofrimentos cármicos) e até lampejos do futuro (orientando os nossos passos com segurança).

Caridade

Todo e qualquer tipo de atenção com nosso semelhante pode ser definido como caridade, que é o exercício prático do amor, pois o amor precisa ser praticado para que ele efetivamente aconteça. Agindo assim, atraímos os seres de luz, que nos inspiram o amor no sentido mais amplo, proporcionando nossa elevação espiritual.

Perdão ao próximo

Ao perdoarmos aos nossos semelhantes as faltas que eles possam ter cometidos conosco (sabendo que falhamos também), estamos cortando a triste conexão do carma, livrando nosso semelhante de ter débitos espirituais conosco; débitos esses que inevitavelmente ensejariam a obrigatoriedade de serem resgatados mais tarde. Desapegados desses vínculos infrutíferos, estaremos livres para a conexão positiva do amor e para progredir livremente no caminho espiritual.

Perdão a si mesmo

Quando nos perdoamos por nossas próprias falhas presentes e passadas, também livramos dos sofrimentos cármicos e das doenças, pois eles originam-se de nosso corpo astral, mais propriamente, do perispírito, por termos guardados débitos que não foram devidamente perdoados por nós. Sem essa limitação cármica, estaremos livres para vivenciar o progresso do espírito.

Desapego

Exercitando o desapego material e a tudo que nos limita como ser humano espiritual, tais como ódio, vingança, inveja, disputas não éticas, etc., a vida interior passa a fluir livremente, revitalizando-se pela energia pura do amor e nos levando à ascensão espiritual.

Embora todos estes caminhos e outros tantos sejam positivos de serem praticados isoladamente, o importante é praticarmos vários deles, estimulando o nosso real progresso espiritual, de forma mais substancial e mais rápida, até que num determinado momento, como um clarão interior, acontece a iluminação.

Não devemos nunca deixar de ter em mente, que o progresso espiritual gera poderes pessoais, que nunca podem ser usados para o mal e nem tão pouco estimular a vaidade de quem o detém, pois isso atrasa o progresso. Devemos viver tudo com muita humildade, com a plena certeza que quase nada sabemos e temos muito a aprender.




(Texto extraído do livro:

PASSE

Querido amigo, seja bem-vindo!
Paz, luz e muita harmonia, em todos os corações!

Na terapêutica das doenças comuns, buscamos prontamente a medicina terrena por insubstituível amparo aos males que nos assaltam, vez em quando.
Uma aspirina para a dor de cabeça.
Um tranquilizante para estados nervosos.
Um analgésico para a gripe.
Antiinflamatórios, antibióticos, xaropes e pomadas, são arsenais de que lançamos mão na busca de alívio às mais variadas enfermidades.
E, certamente, estaremos sempre prontos a buscar por quantos recursos mais forem necessários, sem questionar ou duvidar de sua real necessidade na restauração de nossa saúde.
Mas, e quando nossa alma não vai em bem?
Quando sentimos mal-estar provindo das inúmeras ocorrências psíquicas que nos assaltam no dia-a-dia, que providências tomamos?
Para o tóxico da maledicência, o veneno do destempero, o vírus do ódio, os germes da inveja e o colapso dos sentimentos, entre outros tantos males, não acharemos em caridoso consultório médico ou em providencial balcão de farmácia o medicamento adequado.
Qual a solução? Que caminhos tomar?
Na mensagem desta semana, André Luiz traz-nos valiosos apontamente sobre o passe.
"Se usamos o antibiótico por substância destinada a frustrar o desenvolvimento de microorganismos no campo físico, por que não adotar o passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?" - pergunta-nos ele.
Acompanhemos seu esclarecimentos acerca dessa terapêutica que deve ser praticada por todos nós, sempre que necessário.


O PASSE



O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.
Desânimo e tristeza, tanto quanto insatisfação e revolta, são síndromes da alma, estabelecendo distonias e favorecendo moléstias do corpo.
Se há saúde, esses estados de espírito patrocinam desastres orgânicos; na doença equivalem a fatores predisponentes na desencarnação prematura.
Mas não é só isso.
Em todo desequilíbrio mental as forças negativas entram mais facilmente em ação instalando processos obsessivos de duração indeterminada.
Se usamos o antibiótico por substância destinada a frustrar o desenvolvimento de microorganismos no campo físico, por que não adotar o passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?
Se atendemos à assepsia, no que se refere ao corpo, por que descurar dessa mesma assepsia no que tange ao espírito?
A aplicação das forças curativas em magnetismo enquadra-se à efluvioterapia com a mesma importância do emprego providencial de emanações da eletricidade.
Espíritas e médiuns espíritas, cultivemos o passe, no veículo da oração, com o respeito que se deve a um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual.
Certamente os abusos da hipnose, responsáveis por leviandades lamentáveis e por truanices de salão, em nome da ciência, são perturbações novas no mundo, mas o passe, na dignidade da prece, foi sempre auxílio divino às necessidades humanas. Basta lembrar que o Evangelho apresenta Jesus, ao pé dos sofredores, impondo as mãos.

ANDRÉ LUIZ
Opinião Espírita, 55

MOMENTO DE DEUS

"Passará, talvez desapercebido para nós, contudo, ele existe no tempo, o momento de Deus.
Esfalfamo-nos, bastas vezes, transfigurando os valores da atenção nos
desperdícios da inquietação, diligenciando impor a fé religiosa naqueles que amamos, esquecidos de que o Criador lhes consagra mais amor que nós mesmos.
Deus espera. Por que desanimar, de nossa parte, quando a edificação
espiritual se nos afigura tardia?
Com isso, não desejamos dizer que somente nos resta abandonar ao vento da provação aqueles entes queridos para os quais aspiramos o entendimento maior. Reflitamos que se a Divina Providência no-los confiou, decerto assim procedeu, através das pessoas e circunstâncias que nos rodeiam, aguardando algo de nossa cooperação no amparo a eles.
Em tempo algum, ser-nos-á lícito relegar para Deus as obrigações que nos competem, o que nos constrange igualmente a verificar que existe a "parte de Deus" em cada realização, cujo âmbito nos é defeso à qualquer exigência.
Não conseguimos antepor-mos, de maneira alguma, ao momento de Deus e nem fazer o que lhe cabe realizar, todavia, somos convidados a preparar-lhe as condições adequadas ao surgimento vitorioso.
À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, categorizamo-nos à conta de semeadores nas almas.
Nesse sentido, recordemos os cultivadores da gleba que sustentam a
civilização e asseguram a vida. Nenhum deles, por mais sábio, logra
desentranhar com as próprias mãos, os princípios da semente, cujo embrião possui um instante próprio a fim de desacolchetar envoltórios e desabrochar à plena luz.
Ainda assim, patrocinam a exatidão da leira, administram adubos, dosam a rega, garantem a defesa da planta e efetuam enxertias, quando enxertias se façam necessárias ao rendimento da produção.
Se há imperscrutável serviço divino na intimidade dos processos da
natureza, há inadiável serviço do homem na esfera da natureza para que a natureza corresponda intensamente ao toque divino.
Os estatutos da Criação não permitem à criatura relegar para o Criador a obrigação que lhe compete.
Ama, pois, teus pais, filhos, irmãos, amigos e companheiros tais quais são por agora, sem te esqueceres de ajudá-los com
simpatia, cooperação, fraternidade e bons exemplos, a se exprimirem por valioso auxílio prévio.
Trabalha e prepara com eles e junto deles o futuro melhor, na convicção
de que, em matéria de compreensão e penetração nos reinos do espírito, os mais elevados anseios humanos são compelidos a esperar
pelo momento de Deus."

ANDRÉ LUIZ (Sol na Almas, cap. 23)

ANJO

outubro/2004

Vítima de assalto, Margaret perde sua vida. O assaltante, não se contenta apenas em roubar tudo o que lhe pertence, opta por silenciar definitivamente o coração de Margaret com um tiro certeiro.

Enquanto aguardam a chegada do corpo, os pais, irmãos, sobrinhos e amigos de Margaret choram de intensa dor. Com seus cinqüenta anos, Margaret nunca se casou e por isso, até então, morava com os seus pais, já idosos.

Eu e minha esposa acompanhamos todo o sofrimento da família. Minha esposa me pergunta se eu sei quem é um homem de bastante idade sentado em uma das cadeiras da sala. Quando olho, fico emocionado, pois reconheço intuitivamente como sendo o avô de Margaret, falecido há muitos anos.

Eu peço, então, a minha esposa para não comentar nada sobre o que está vendo, pois lhe chamo a atenção sobre o fato de que somente eu e ela podemos ver o avô de Margaret, já que ele se encontra invisível para os demais.

Algum tempo depois, o avô se levanta e sai da casa. Intrigado, vou até a porta que dá para a rua. Fico maravilhado com o que eu posso ver: além da porta, não mais se encontra a rua, nem as casas vizinhas, mas sim um imenso campo verde, com árvores, pássaros cantando e, neste lugar espetacular, segue o avô segurando pela mão uma menina de cerca de seus nove anos de idade. Eles estão rindo um para o outro, sentido a imensa felicidade de estarem juntos, novamente.

Olhando para uma foto exposta na sala, constato que aquela menina é Margaret quando criança, exatamente com a mesma idade em que o avô havia falecido. Por informação espiritual, fico sabendo que o avô sempre havia cuidado de Margaret como sendo seu anjo da guarda, estando sempre com ela quando havia necessidade e agora veio para levá-la a sua nova morada espiritual.

É comum, quando ocorre o desencarne, a presença de algum membro da família já falecido para ajudar na travessia. O que é perfeitamente explicável e até necessário, vez que a presença de um ente querido gera em quem está partindo segurança em saber que é o caminho a seguir, pois vê na presença daquela pessoa da família, o carinho e o amor e, sobretudo a confiança necessária num momento emocional tão intenso.

Neste instante da viagem do espírito, sempre haverá um avô ou um outro parente e até amigos do plano espiritual para segurar a mão e levar com segurança o espírito para o novo habitat

VIDAS PASSADAS

Vidas Passadas

Porque não lembramos de vidas passadas ? Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente.

Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nosso filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos,que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.

Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.

Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual.

Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.

Se a provação te aflige, Deus te conceda paz. Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz. Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz. Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz. Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz. Ama, serve e confia.

MARCAS DE NASCENÇA

Torna-se cada dia mais evidente tudo quanto a doutrina espírita tem afirmado nesses seus 145 anos de vida (estamos no ano 2004).
Não foram os espiritualistas reencarnacionistas que vieram a público fazer tal afirmação, mas sim aqueles que não acreditavam em vida após a vida (na carne). Hoje são dezenas de médicos, psiquiatras, psicoterapeutas que vêm afirmar que seus pacientes revelaram, e de forma inconteste, que foram protagonistas de episódios existenciais ocorridos em outras vidas que não a atual.
É do domínio dos interessados que a TVP (Terapia de Vivências Passadas) corre o mundo todo, curando fobias, traumas psicológicos e muitos males de ordem psíquica, tanto em adultos quanto em crianças.
Queremos, nesta oportunidade, referirmo-nos às recordações de vidas passadas vividas por crianças.
Um livro nos chamou a atenção porque a sua autora era uma céptica em matéria de reencarnação e nunca havia imaginado entrar em processo hipnótico e ser conduzida à recordação de outras vidas. Queremos nos referir à norte-americana Carol Bowman e a seu livro "Crianças e suas vidas passadas", com prefácio de Brian Weiss, médico psiquiatra de fama mundial, bastante conhecido no Brasil. Aqui já esteve muitas vezes, e sua fama começou após lançar o livro best-seller "Muitas vidas, muitos mestres", oportunidade para relatar o caso de Catherine, uma de suas pacientes.
Carol Bowman também viveu, após entrar em estado hipnótico, episódios de vidas passadas, e com facilidade. Ela escreveu que se uma criança descreve, com tanta convicção, apesar de toda a sua inocência, haver vivido antes, serenamente descreve a sua morte e a sua viagem de volta à vida carnal, dá testemunho inequívoco de uma verdade insofismável: somos almas imortais, já vivemos e continuaremos sempre a viver. Afirma peremptoriamente que essas lembranças das crianças se constitui na maior evidência da reencarnação. Em outras palavras, ela quer dizer: os espíritas estão certos! Aliás, sempre estiveram.
Para esta escritora, quando uma criança fala espontaneamente de suas vidas passadas, sem serem colocadas em estado hipnótico, estão, na verdade, dando aos pais conselhos práticos para que eles reconheçam a existência da reencarnação, e que as ajudem a se curarem de seus medos através das revivescências de certos fatos ocorridos no passado, os quais estão repercutindo negativamente em suas vidas, hoje. Pedem ajuda de seus responsáveis diretos, e de uma forma pouco comum, ainda.
Todo o processo de crença absoluta na reencarnação começou, para Carol, quando seu filho caçula Chase, principalmente, demonstrava um intenso terror, um medo fóbico de barulho de tiros, de fogos estourando, estrondos fortes, etc. Resolveu, após conselhos de uma amiga, procurar um hipnoterapeuta para livrar o filho do medo. Causando espanto a todos, o filho recorda ter sido um soldado na Guerra Civil americana, descrevendo fatos com detalhes impressionantes, os quais foram depois devidamente comprovados por um historiador, o que lhe havia acontecido durante a guerra. O mais notável viria após: ele curou-se de sua fobia em seguida à vivência de sua morte na guerra, ocorrida em meio de barulhento e terrível tiroteio.
A partir daí, Carol começou todo um trabalho de investigação das lembranças de vidas passadas em outras crianças, constatando que viveram também as mesmas experiências verificadas com seu filho. Ela entrevistou pais que também estiveram perplexos diante dos filhos e de seus relatos de vidas passadas. Visitou bibliotecas em busca de autores que tivessem abordado o assunto que a estava fascinando. O resultado foi esse livro com um apreciável manancial de fatos incontestáveis mostrando as crianças descrevendo suas antigas vidas, espontaneamente, e também após serem levadas a uma visualização, fazendo-as entrar em estado de alteração da consciência.
Para não tornar longo este capítulo, deter-nos-emos em um único caso dos muitos registrados por Carol Bowman. Ele se encontra no final de seu livro, assim mesmo o faremos o mais resumido possível. Contudo, ele será mais do que suficiente para qualquer pessoa se convencer da realidade reencarnatória, das muitas vidas do espírito, desde que não seja tão céptica e não alimente tantas dúvidas sobre a nossa imortalidade.
Por mais terrível seja para os pais a morte de sua criança, com a crença na reencarnação essa dor será absorvida rapidamente, não precisando os pais perderem a fé em DEUS, em Sua Justiça e Compaixão pelas Suas criaturas.
A reencarnação oferece uma esperança plausível, a de que a própria criança que "morreu" retorne da "morte" para a vida, na mesma família.
A família Pollack, da Inglaterra, sofreu o que se costuma dizer na Terra uma tragédia inimaginável. Joanna e Jacqueline, de onze e seis anos, respectivamente, foram atropeladas e "mortas" quando estavam andando por uma calçada.
Bem antes do acidente, o pai, John Pollack, um católico convicto, acreditava firmemente na reencarnação. Na sua fé pedia a DEUS que lhe desse uma prova insofismável da reencarnação. Mal sabia ele o que lhe estava reservado, como veremos.
Após o acontecimento trágico, pedia agora a DEUS que lhe devolvesse as filhas.
Em menos de um ano a sua esposa, Florence, fica grávida e John assegurou a todos que as suas filhas iam voltar para a família, e como gêmeas. John contradizia até o ginecologista que afirmava ser a gravidez de apenas um bebê. No dia 4 de outubro de 1958, Florence deu à luz dois bebês, duas gêmeas idênticas, que receberam os nomes de Jennifer e Gillian.
Perceberam, de imediato, que Jennifer, mas não Gillian, tinha duas marcas de nascença - uma linha branca na testa e uma marca marrom na cintura - que correspondiam em tamanho, forma e localização a uma cicatriz e a uma marca congênita que Jacqueline tinha na testa e na cintura. Tal fato era notável, porque, segundo pesquisa do Dr. Ian Stevenson, gêmeas idênticas teriam que ter marcas de nascença idênticas, o que agora não se dava.
Crescidas as meninas, o suficiente para falarem, lembraram detalhes de suas "irmãs mortas", elas que não tinham meios de saber, absolutamente nenhum. Feito um teste pelos pais e parentes, elas identificaram com detalhes brinquedos que haviam pertencido a Joanna e a Jacqueline. Ao visitarem pela primeira vez a cidade onde haviam vivido (os Pollack se mudaram quando as meninas ainda eram bem pequenas), apontaram corretamente para a antiga casa da família, foram até o parque e o playground, tendo descrito a escola e os balanços antes de vê-los.
É um caso com todos os sinais característicos de lembranças de vidas passadas, especialmente as marcas de nascença.
John Pollack acreditava mais e mais em DEUS, ELE lha havia restituído as filhas como resposta à sua fé e à sua crença na reencarnação. A prova que pedira a DEUS lhe fora concedida de forma incontestável. Vale, pois, a pena crer em DEUS, ou não?
* Escritor, orador e radialista, autor dos livros: Ser, Crer e Crescer - Elucidações Para uma Vida Melhor

PRIMEIRA ENCARNAÇÃO

OEmoção e Karma – O que acontece desde a primeira encarnação?



Quero que escrevas isto. Isto é importante. É talvez a coisa mais importante que já te ditei.
Vamos falar sobre a densidade. Vamos falar sobre as emoções.
Quando um ser encarna pela primeira vez, ele é um ser de luz.
Não tem passado, só tem futuro. Não tem heranças emocionais, não tem karmas.
Assim que nasce, toma contacto com a matéria.
Chocam-se dois opostos.
Um ser de luz e a matéria. É claro que um dos dois ficará domesticado, nos opostos pensamos sempre que algum há-de vencer.
Quando o ser de luz recebe matéria, fica imediatamente corrompido.
Fica enquadrado, fica entorpecido. E nem nota que se desmistificou. Nem nota que a sua face original foi consumida.
É nesta altura que a emoção toma forma. A emoção é a força mais densa que a matéria possui.
Na verdade, a tal experiência da matéria não é mais do que levar seres de luz à terra para experienciarem formas de emoção.
Esse ser que acaba de encarnar, dependendo da época, do lugar, da família, enfim, dependendo das condicionantes que escolheu para melhor atingir os seus fins, irá ser educado e aprender conceitos que o vão direccionar no modo de gerir as suas emoções.
Tu sabes que as emoções são fogo. É muito difícil daqui de cima podermos ajudar-vos quanto às emoções, porque o ego é um intruso perturbador que não quer que o contacto se estabeleça... e é muito difícil vocês gerirem as emoções daí de baixo, visto as informações que têm sobre elas não serem as mais correctas.

É daqui que nascem os karmas, os traumas, as doenças, as psicoses, as depressões, os pânicos, as ansiedades, as fugas, as neuroses, as monstruosidades. É a partir daqui que o ser fica irremediavelmente preso à roda das encarnações. Bem-vindo à densidade.

O ser nasce, ganha emoção. Como não a sabe resolver, transforma-se em emoção mal resolvida, que é o que significa densidade.
A densidade prende-se à roda das encarnações, porque se prende no espírito. Vai e volta sempre com a mesma densidade emocional. Se retirarem todas as sobreposições, o ser sai da roda das encarnações, e acaba a experiência da matéria.
Sobreposição de Encarnações são as emoções presas no espírito, vida após vida. São emoções de vidas passadas que insistem em se manifestarem dentro do peito. Este é o segredo. Retirar estas sobreposições.

JESUS


A Alma Iluminada, de Alexandra Solnado

INTUIÇÃO KÁRMICAS

Hoje quero falar sobre as instituições kármicas. Pouco se fala nisto e pouco se sabe sobre isto. Vocês têm que falar mais sobre estes assuntos. Devem saber o que é o karma,e como é que ele opera nas vossas vidas. Quanto mais souberem sobre o vosso karma,sobre os vossos medos e bloqueios, mais saberão sobre o vosso dharma, o vosso caminho,o que vieram fazer à terra. Resumindo a vossa missão.


A vossa missão é e será sempre limpar o karma, isto é, superar os medos. Por isso é que os padrões kármicos podem socorrer-se das instituições kármicas para melhor vingar o desafio. As instituições são: mãe, pai, tios e avós, primeiros professores e alunos. Irmãos também. As instituições kármicas socorrem-se do parentesco próximo para resolver problemas kármicos.

Alguém que precisa aprender a aceitar o amor que sente por outra pessoa, mesmo que em vidas anteriores esse amor não tenha corrido lá muito bem, vai atrair nascer pai ou mãe dessa pessoa. O amor aprende-se vivendo-o.

Essa mãe ou pai irá tentar fazer tudo para que o seu filho ou filha seja feliz, fique bem. Mesmo que haja atritos, esses pai, mãe ou filho irão aprender juntos, compartilhar juntos, enfim, a amar. Foi escolhida a instituição kármica apropriada para desenvolver o amor. Trazê-lo como filho deste pai ou mãe. E tudo se decide cá em cima.

Excerto de Este Jesus Cristo Que Vos Fala - Livro 3/ A Era da Liberdade, Alexandra Solnado

CRIANÇAS, GUIAS ESPIRITUAIS DOS PAIS

Questões e Problemas - Crianças, Guias Espirituais dos Pais
Revista Espírita, agosto de 1866

Tendo perdido um filho de sete anos, e tendo-se tornado médium, a mãe teve a mesma criança como guia. Um dia lhe fez a seguinte pergunta:

Caro bem amado filho, um dos meus amigos espírita não compreende e não admite possas ser o guia espiritual de tua mãe, desde que ela existia antes de ti e, indubitavelmente, deve ter tido um guia, nem que fosse durante o tempo que te tivemos ao nosso lado. Podes dar-nos algumas explicações?

Resposta do Espírito da criança: - Como quereis aprofundar tudo quanto vos parece incompreensível? Aquele que vos parece mesmo o mais adiantado no Espiritismo está apenas nos primeiros elementos da doutrina e não sabe mais do que este ou aquele que vos parece ao par de tudo e capaz de vos dar explicações. - Eu existi muito tempo antes de minha mãe, e ocupei, em outra existência, uma posição eminente por meus conhecimentos intelectuais.

Mas um imenso orgulho se havia apoderado de meu Espírito, e durante várias existências consecutivas fui submetido à mesma provação, sem poder triunfar, até chegar à existência em que estava junto de vós. Mas como já era adiantado e minha partida devia servir ao vosso adiantamento, a vós tão atrasados na vida espírita, Deus me chamou antes do fim de minha carreira, considerando minha missão junto a vós mais aproveitável como Espírito do que como encarnado.

Durante minha última estada na terra, minha mãe teve o seu anjo da guarda junto a ela, mas temporariamente, porque Deus sabia que era eu que devia ser o seu guia espiritual e que eu a traria mais eficazmente na via de que ela estava tão afastada. Esse guia, que ela tinha então, foi chamado a uma outra missão, quando vim tomar seu lugar junto a ela.

Perguntai aos que sabeis mais adiantados do que vós, se esta explicação é lógica e boa. Porque por ser que seja minha opinião pessoal e, mesmo a emitindo, não sei bem se me engano. Enfim, isto vos será explicado, se perguntardes. Muitas coisas ainda vos são ocultas e vos parecerão claras mais tarde. Não queirais aprofundar muito porque, então, dessa constante preocupação nasce a confusão de vossas idéias. Tende paciência; e, assim como um espelho embaciado por um sopro ligeiro, se clarifica pouco a pouco, vosso espírito tranqüilo e calmo atingirá esse grau de compreensão necessário ao vosso adiantamento.

Coragem, pois, bons pais; marchai com confiança, e um, dia bendirei a hora da provação terrível que vos trouxe à via da felicidade eterna, e sem a qual teríeis muitas existências infelizes a percorrer ainda.

OBSERVAÇÃO: Essa criança era de uma precocidade intelectual rara para a sua idade. Mesmo em estado de saúde, parecia pressentir seu fim próximo. Alegrava-se nos cemitérios e sem jamais ter ouvido falar em Espiritismo, em que os pais não acreditavam, muitas vezes perguntava se, quando se está morto, não se podia voltar para os que se tinha amado; aspirava a morte como uma felicidade e diria que quando morresse sua mãe não deveria afligir-se, porque voltaria para junto dela. Com efeito, foi a morte de três filhos em alguns dias que levou os pais a buscar uma consolação no Espiritismo. Essa consolação a encontraram largamente e sua fé foi recompensada pela possibilidade de conversar a cada instante com os filhos, pois em muito pouco tempo a mãe se tornou excelente médium, tendo até o filho como guia, Espírito que se revela por uma grande superioridade.

Allan Kardec

APREENSÃO DA MORTE

Da apreensão da morte
Revista Espírita, fevereiro de 1865

O homem, seja qual for o degrau da escola a que pertença, desde o estado selvagem, tem o sentimento inato do futuro. Diz-lhe a intuição que a morte não é a última palavra da existência e que aqueles que lamentamos não estão perdidos sem retorno. A crença no futuro é intuitiva e infinitamente mais geral que a no nada. Como é, pois, que, entre os que crêem na imortalidade da alma, ainda se encontra tanto apego às coisas da terra, e tão grande apreensão da morte?

A apreensão da morte é efeito da sabedoria da Providência, e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os, seres vivos. Ela é necessária enquanto o homem não for bastante esclarecido quanto às condições da vida futura, como contrapeso ao arrastamento que, sem esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar o trabalho daqui, que deve servir para o seu adiantamento.

É por isto que, nos povos primitivos, o futuro não passa de vaga intuição, mais tarde simples esperança, enfim mais tarde uma certeza, mas ainda contrabalançada por um secreto apego à vida corporal.

À medida que o homem melhor compreende a vida futura, diminui a apreensão da morte; mas, ao mesmo tempo, melhor compreendendo sua missão na terra, espera seu fim com mais calma, resignação e sem medo. A certeza da vida futura dá um outro curso às suas idéias, outro objetivo a seus trabalhos; antes de ter esta certeza, só trabalha para o presente; com esta certeza trabalha em vista do futuro, sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da direção, mais ou menos boa, que der ao presente. A certeza de reencontrar os amigos após a morte, de continuar as relações que teve na terra, de não perder o fruto de nenhum trabalho, de crescer incessantemente em inteligência e em perfeição, lhe dá paciência para esperar e coragem para suportar as momentâneas fadigas da vida terrena. A solidariedade que vê estabelecer-se entre os mortos e os vivos lhe faz compreender a que deve existir entre os vivos; desde então a fraternidade tem sua razão de ser e a caridade um objetivo no presente e no futuro.

Para libertar-se das apreensões da morte, deve poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrar por pensamento no mundo invisível e dele ter feito uma idéia tão exata quanto possível, o que denota no Espírito encarnado um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desprender da matéria. Nos que não são suficientemente avançados, a vida material ainda predomina sobre a vida espiritual. Ligando-se ao exterior, o homem só vê vida no corpo, ao passo que a vida real está na alma; estando o corpo privado de vida, aos seus olhos tudo está, perdido e ele se desespera. Se, em vez de concentrar o pensamento na vestimenta externa, a voltasse para a fonte mesma da vida, sobre a alma, que é o ser real, a tudo sobrevivente, lamentaria menos o corpo, fonte de tantas misérias e tantas dores. Mas para isto é preciso uma força que o Espírito, só adquire com a maturidade.

PAZ DE ESPÍRITO

Sentiu tristeza?
- Agradeça a tua vida. Se você deseja realmente ser feliz, agradeça a todas as coisas boas que possui neste momento. Se você é saudável, agradeça, pois, agradecendo, coisas boas surgirão cada vez mais. Observe que tendemos a reparar só nas coisas que a gente não têm e esquecemos de agradecer o que temos. Lembre-se: Quanto mais você se queixar, reclamar e até mesmo amaldiçoar o que não tem, mais a sua vida se torna um "mar de insatisfação" e você acaba se tornando uma pessoa amarga. Portanto, não amaldiçoe a sua vida.

Sentiu irritação?
- Meia hora de silêncio. Deixe a irritação vir. De olhos fechados, preste atenção no seu corpo. Sinta, não analise, não controle. Se tiver vontade de chorar, gritar, faça! Fique com você, com suas sensações físicas, observe, fique apenas observando as suas reações corporais.
Deixe que seus sentimentos e reações de seu corpo se manifestem. Preste atenção em seu corpo. Se vier sensação de enjôo, deixe vir e só observe, não queira controlar, solte o seu corpo. Quando você só observa e deixa os seus sentimentos e sensações físicas se manifestarem, normalmente essas sensações desagradáveis se transformam em sensações agradáveis.
Se você se entregar a este exercício, não querendo controlar a sua mente e o seu corpo, a sua energia vital irá fluir de forma mais livre.

Critica destrutiva aos outros?
- Dê uma olhada para você. O que mais você cobra dos outros, é o que menos faz consigo mesmo. As pessoas são o nosso espelho. Elas refletem os defeitos - que a gente não quer perceber - que existem em nós. Você cobra, por exemplo, que o seu marido não lhe dá carinho, atenção. Vai aqui uma pergunta: Será que você está se dando carinho? Você se dá colo? Ou você é seca, muito dura consigo mesma? Se você for realmente honesta com você, vai refletir a esse respeito.
Faça um exame do que você é, de como vem se tratando. Reflita sobre como você se relaciona com os outros. Se você é daquelas pessoas que querem controlar os outros, a vida (porque é insegura), acaba ficando rígida, se desvitalizando e, conseqüentemente, perde o ânimo pela vida. Vida é movimento, dinamismo, mudanças.
Como toda pessoa insegura, você odeia surpresa e os imprevistos. E, com isso, passa a não viver a vida. Acaba se tornando uma pessoa formal, não se descontrai, não deixa que a vida a leve. Você quer levar a vida, controlá-la, quer que as coisas aconteçam do seu jeito. Enfim, quer "domá-la". Lembre-se: a vida não se curva, não se submete a ninguém. Talvez você não tenha percebido que é você quem tem que se curvar a ela e reverenciá-la.
Mas para isso, você precisa exercitar a humildade.

DEPRESSÃO

Depressão causada por Interferência Espiritual
Osvaldo Shimoda

A depressão tem várias faces. Do ponto de vista médico, a depressão é vista apenas sob uma ótica biológica, organicista, como um desequilíbrio bioquímico do cérebro, isto é, uma falta de neurotransmissores (substâncias químicas do cérebro que regulam o nosso humor, estado emocional) e que necessita de medicamento, ou seja, de um controle químico, de um antidepressivo específico.
No entanto, na minha experiência clínica como psicoterapeuta desde 1985, trabalhando com a Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), tais medicamentos antidepressivos não se mostraram satisfatórios no combate à depressão. No meu entender, a visão puramente organicista do ser na qual a medicina clássica está calçada, vendo apenas um corpo físico, biológico, deixando de lado a parte espiritual, limita qualquer tipo de tratamento mais profundo.
Desta forma, a medicina oficial por se estruturar em bases materialistas e não levar em consideração a existência da alma, do espírito, ignora também as interferências espirituais (obsessão espiritual) como um dos fatores geradores da depressão.

Segundo Allan Kardec, codificador do Espiritismo, no livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.28, item 81). "Chama-se obsessão a ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais".
Portanto, a obsessão espiritual, na qualidade de Enfermidade da Alma - doença ainda não catalogada nos compêndios médicos e psicológicos -, é algo muito sério e merece grande atenção no tratamento da depressão; infelizmente ainda é ignorada pela maioria dos profissionais da área de saúde (médicos e psicólogos).
Por outro lado, existe uma linha muito tênue, sutil, entre o espiritual e o orgânico que dificulta o diagnóstico diferencial entre doença orgânica e a manifestação psíquica de ordem mediúnica propriamente dita. Ao trabalhar com pacientes depressivos, utilizando-me da TRE, pude constatar que existem três fatores que levam uma pessoa a desenvolver um quadro depressivo:
A) Interno (Endógeno): causa psicológica, derivada de experiências traumáticas desta vida (infância, nascimento, útero materno) ou de um passado mais remoto, isto é, de vidas passadas;
B) Externo (Exógeno): Interferência espiritual intrusa, isto é, de espíritos obsessores desencarnados que prejudicam a vida do paciente, interferindo em seu estado mental, emocional e físico;
C) Misto: Interno + Externo, isto é, provocado pelo próprio paciente e agravado pelo espírito obsessor.

MEDIUNIDADE NÃO É LOUCURA

Mediunidade não é loucura...
Osvaldo Shimoda

A ciência sem a religião é manca;
a religião sem a ciência é fanatismo".
- Einstein.

O dicionário Aurélio define "mediunidade" como a condição de médium; e "médium" como o intermediário entre os vivos e as almas dos mortos. Potencialmente, todos somos médiuns. Ou seja, a mediunidade é condição natural do ser humano, pois se trata de uma faculdade inerente ao espírito. Neste sentido, a mediunidade faz parte da natureza do homem e, portanto, não há nada de sobrenatural. Em verdade, a mediunidade é um tipo de transe que pode ser provocado de forma mediúnica por espíritos bons ou maus e pela indução hipnótica. Alguns a possuem em estado bastante aflorado; são pessoas muitos sensíveis, pois receberam uma preparação em seu corpo espiritual (perispírito) antes de reencarnar para exercerem sua mediunidade; outras, a possuem em estado latente e, portanto, precisam desenvolvê-la.
Não obstante, a ciência médica e a psicológica ainda associam as manifestações mediúnicas a distúrbios psiquiátricos. Desta forma, os médiuns que incorporam seres "invisíveis" e/ou ouvem suas vozes, são diagnosticados como esquizofrênicos.

No entanto, nas últimas décadas, muitos pesquisadores têm demonstrado que vivências mediúnicas não estão necessariamente associadas a quadros patológicos. O Dr. Mauro Kwitko, psiquiatra de Porto Alegre e também colaborador do Site Somos Todos Um, é autor do livro "Doutor, Eu Ouço Vozes!" Neste livro, Kwitko busca fazer um diagnóstico diferencial entre distúrbios psiquiátricos e mediunidade.

Um outro médico psiquiatra, o Dr. Alexandre Moreira de Almeida, defendeu a tese: "Fenomenologia de Médiuns Espíritas" no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP. Almeida traçou o perfil de saúde mental de 115 médiuns. No final do trabalho, o psiquiatra concluiu que todos apresentavam uma boa saúde mental, apesar de terem visões e ouvirem vozes alheias aos seus pensamentos. A banca à qual o psiquiatra defendeu sua tese foi composta por pesquisadores destacados e de renome internacional que fizeram elogios e críticas ao seu trabalho. Sua tese foi aprovada pela banca.

Na minha prática clínica, em meu consultório, é comum os pacientes entrarem em transe mediúnico (estado alterado de consciência) após a indução ao relaxamento profundo e pela ação dos espíritos de elevada (ou de pouca) evolução. É por isso que na entrevista inicial de avaliação (anamnese), fico atento às queixas de dores e doenças relatados por eles, cujas causas, apesar de se submeterem a todos os exames médicos, não foram encontradas. Essas queixas e doenças podem ser um indicador de que alguns pacientes têm uma mediunidade "aberta".
Observei ainda o seguinte quadro clínico frequentemente apresentado por eles:

- Dores pelo corpo que se manifestam ora em um lugar, ora em outro;
- Frio nas extremidades das mãos e dos pés;
- Sintomas de doenças; queda de pressão, falta de ar, arrepios;
- Dor na nuca, enjôo e cabeça pesada;
- Calafrios no corpo todo, chegando a apresentar febre;
- Instabilidade emocional, que vai da euforia, agitação, ansiedade, instabilidade e nervosismo à depressão sem causa aparente, bem como choro fácil;
- Pensamentos negativos, pessimismo.

Veja a seguir o caso de uma paciente que, por conta de sua mediunidade aflorada, desenvolveu uma doença (queda de cabelos) e uma série de problemas de ordem emocional.

VOCÊ PRECISA DESENVOLVER A SUA MEDIUNIDADE

ESTUDANTE
Quando alguém lhe diz: Você precisa desenvolver sua mediunidad

Quantos já ouviram essa expressão?
É uma frase típica, muito utilizada nos centros espíritas/espiritualistas, que possui um significado amplo. No entanto o sentido que essa palavra produz nas pessoas que ouvem, muitas vezes é distorcido em relação ao seu verdadeiro significado.
Como sabemos, a mediunidade é um instrumento de evolução. Ela nos possibilita um crescimento mais rápido, na direção da realização de nossa missão. O que seria de nós sem as possibilidades mediúnicas que ganhamos de Deus?
Então, pense. Certo dia, lá em cima no plano astral, o Papai do Céu nos escalou. Isso mesmo, como um técnico de futebol, que chama seu jogador para entrar em campo. Ele veio e falou:

“Você vai descer, vai voltar para a escola (Planeta Terra). Precisa aprender, evoluir, resgatar muitas coisas, por isso precisa descer… Mas, você sabe que sua necessidade é grande, possui muitas coisas para curar, muitos erros de outrora para corrigir. Dessa forma, uma existência apenas não seria tempo suficiente para tanto. Por isso filho, vou te proporcionar a mediunidade, como um instrumento para ajudar você a fazer muito mais coisas em menos tempo. Sem essa faculdade, isso não seria possível, pois ela lhe ajudará a otimizar sua encarnação, ou seja, sua experiência no plano físico, que é tão necessário para a reforma íntima”.
“Essa dádiva vai lhe permitir fazer grandes tarefas, o que será muito importante para que consigas aproveitar muito bem sua encarnação e seu propósito nessa descida. Entenda que ela é uma grande aliada na sua empreitada, é um presente para lhe ajudar. A mediunidade é como a Betoneira para o pedreiro. Ajuda a virar a massa, mexer o cimento com muito mais facilidade. Sem ela, a abra demoraria muito mais tempo, geraria muito mais desgaste…”

E assim nascemos no plano físico, nos desenvolvemos e chegamos a maturidade(física apenas). E em meio a tantas ilusões e tanto distanciamentos em relação a nossa essência divina, acabamos considerando a mediunidade um “Fardo”! Esquecemos-nos do seu real objetivo… Isso é “cuspir para cima”. Um equívoco sem igual! Desperdiçamos uma oportunidade incrível.
Centros espíritas/espiritualistas, através de seus orientadores, trabalhadores e monitores, alertam para as pessoas sobre a necessidade de trabalhar a mediunidade e desenvolver a espiritualidade. Normalmente, atuam de maneira amorosa, respeitando o livre-arbítrio de cada um. No entanto é normal, as pessoas fazerem mal uso dessa liberdade de escolha. Alienadas de sua finalidade aqui na Terra, acabam que por rejeitar a sugestão para desenvolver a sua mediunidade. A recebem como uma coisa ruim, algo incômodo, realmente um fardo.
Se essas casas de amparo e desenvolvimento espiritual pudessem interferir na escolha das pessoas, seus orientadores diriam assim: “ Meu irmão, se liga, você recebe um presente de Deus, chamado mediunidade, não porque você é um ser iluminado ou puro, tampouco porque você possui dons extraterrestres. Simplesmente porque você está abarrotado de coisas(karmas) para curar…. Você tem a obrigação de mergulhar nesse entendimento, mas o azar é seu se você virar as costas para essa necessidade, e quiser desperdiçar mais essa oportunidade de evolução”.

Então, amigo leitor, pense á respeito: Quando alguém lhe disser a fatídica frase: Você precisa desenvolver a sua mediunidade!
Entenda de uma vez por todas, isso quer dizer que chegou a hora de você utilizar esse poderoso recurso, como um instrumento para dinamizar a sua tarefa de curar-se! Redimir-se de erros do passado e evoluir. Essa é a meta de todos! Com isso, se você fizer bom uso desse instrumento, quando o ciclo dessa vida se finalizar e o desencarne chegar, você voltará ao grande Pai, O Supremo Técnico de futebol, e ele terá o prazer em lhe dizer:

“Parabéns, que ótima partida você realizou, que grande jogo! Agora descanse um pouco e prepare-se para a próxima, temos um Campeonato inteiro pela frente!”

CONSEQUÊNCIAS MORAIS DA MEDIUNIDADE

CONSEQUÊNCIAS MORAIS DA PRÁTICA MEDIÚNICA

A prática da mediunidade no Espiritismo não tem como meta somente a produção de fenômenos físicos, destinados a despertar os incrédulos, ou curar enfermidades carnais e espirituais. As atividades curativas, além de demonstrarem a ação da Misericórdia Divina, servem ainda para alertar o ser humano de que ele é algo mais do que matéria. Deve despertá-lo para o real sentido da vida, provocando-lhe uma consequência de ordem moral.
Frente ao mundo terreno, repleto de interesses imediatistas, o homem busca sua felicidade afogando-se nas ilusões provocadas pela matéria. Perde-se em paixões transitórias, não atentando para o nobre ideal da vida, que é o aprendizado e o progresso do Espírito como criatura imortal. A mediunidade é um meio pelo qual os Espíritos superiores apresentam novos conceitos e horizontes mais amplos às pessoas. Isso lhes renova o ânimo e as esperanças em relação ao futuro.
O contato com o mundo espiritual, através da mediunidade, nos mostra que, pela ação da Lei de Causa e Efeito, colhemos tudo aquilo que plantamos. Que uma vida egoísta e orgulhosa só conduz ao sofrimento, ao passo que uma conduta pautada nas orientações do Evangelho encaminha-nos para um estado de equilíbrio e à verdadeira felicidade.
É pela mediunidade que somos esclarecidos que, ao morrermos, vivemos; que encarnaremos em outras ocasiões, ora numa condição social, ora noutra; que os princípios morais ensinados por Jesus, o Cristo, fazem nascer na intimidade dos homens o tão sonhado Reino de Deus.
Por fim, a pessoa que abraça tão nobre tarefa tem em mãos uma grande ferramenta de crescimento espiritual, uma vez que depende de sua condição moral o contato com as forças espirituais do Bem. Agindo como instrumento nesse intercâmbio, sabe que depende de seu esforço pessoal o bom ou mau uso que fizer do dom que Deus lhe deu.

"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem" - (Livro dos Médiuns - Questão 226, item 2).

(Versão 03.98)
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
São José do Rio Preto - SP

MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS

Médiuns de Efeitos Intelectuais

São os médiuns dotados de faculdades que produzem comunicações inteligentes, com as quais é possível aprender conceitos morais e filosóficos. Essas manifestações nos ajudam a entender o mundo invisível e o estilo de vida que levam os seus habitantes. Existe uma grande variedade de médiuns, que se ligam mais ou menos diretamente a uma ou a outra dessas duas categorias. Em estudos futuros, que realizaremos em O Livro dos Médiuns, serão tratados os pormenores sobre a classificação que Allan Kardec deu a cada tipo de médium e às manifestações mediúnicas. A título de instrução básica, faremos alguns comentários sobre os tipos de médiuns mais encontrados:

Médiuns Sensitivos ou Impressionáveis: São as pessoas que possuem sensibilidade capaz de sentir com facilidade a presença dos Espíritos. Essa mediunidade não é bem definida, pois os médiuns em geral são impressionáveis. Seria mais uma qualidade geral do que especial, ou seja, uma faculdade rudimentar, essencial ao desenvolvimento das outras.

Médiuns Audientes ou Auditivos: Os médiuns auditivos ou audientes são aqueles capazes de ouvirem a voz dos Espíritos de forma clara e inequívoca. Tais fenômenos ocorrem geralmente nas reuniões mediúnicas. Podem, assim, conversar com os desencarnados, ouvindo e transmitindo suas instruções para o plano material. Este tipo de mediunidade é agradável se o médium só ouve Espíritos bons. Mas, quando cai presa de um Espírito mau, pode caracterizar-se numa tenaz obsessão.

Médiuns Falantes ou de Psicofonia: São os médiuns que recebem comunicações dos Espíritos através da fala. O médium psicofônico pode não ter consciência do que diz, exprimindo idéias totalmente contrárias aos seus conhecimentos. Uns guardam lembranças claras do que transmitem; outros não.
Há médiuns que recebem as idéias dos Espíritos por meio do canal intuitivo, também denominado "mediunidade natural", expondo com suas próprias palavras o que a entidade quer revelar.

Médiuns Videntes: Os médiuns videntes são aqueles com capacidade para captar imagens do mundo espiritual. Uns possuem esta faculdade em estado normal, perfeitamente acordados. Outros, têm-na em estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo.
Os médiuns videntes não vêem com os olhos carnais, mas sim com os da alma. Por isso, independe de estarem de olhos abertos ou fechados para enxergarem os Espíritos.
É preciso saber separar a vidência propriamente dita, das aparições acidentais e espontâneas. A vidência, embora varie de intensidade, consiste na possibilidade mais ou menos frequente de se ver os Espíritos. A interpretação das visões espirituais varia de um médium para outro, segundo sua condição evolutiva. Já as aparições podem acontecer para qualquer um, mesmo para as pessoas que não sejam videntes.
As aparições acidentais de Espíritos, são frequentes na hora do desencarne de entes queridos, que se encontram distantes. Nesses casos, os Espíritos aparecem à parentela, como se quisessem dar testemunho de que estão vivos e que partem para uma nova vida. Diz-se, popularmente, que vieram avisar de sua morte.
As visões durante o sono do corpo físico também fazem parte da categoria das aparições.

Médiuns Sonâmbulos ou Sonambúlicos: Os médiuns sonâmbulos ou sonambúlicos são os que, durante o transe de desdobramento mediúnico, agem sob a influência do seu próprio Espírito. São eles mesmo que, desprendendo-se de seus corpos físicos, projetam-se no mundo espiritual e conversam com os desencarnados, vendo, ouvindo e percebendo o que vai à sua volta. Vivem, durante breves instantes, a liberdade dos Espíritos livres. Seus sentidos não sofrem as limitações provocadas pela matéria.
Este tipo de médium pode nos transmitir tudo o que lhe acontece durante o transe, inclusive falar dos conselhos que recebe dos bons Espíritos, quando no plano espiritual. Também são conhecidos como "sonâmbulos", os médiuns que perdem a consciência durante as comunicações.

Médiuns Curadores: São médiuns curadores aquelas pessoas que possuem o poder magnético (ou dom) de curar as enfermidades orgânicas, ou aliviar dores pela imposição das mãos ou pela prece. A fé, aliada ao magnetismo do médium e auxílio dos bons Espíritos, realiza os fenômenos de curas. Jesus era um médium curador em potencial.
Os médiuns curadores, por produzirem efeitos materiais, também podem ser classificados como médiuns de "efeitos físicos". O dom de curar é um dos mais belos que o médium pode adquirir, mas exige dele uma vida de exemplos e de sadia moral.

Médiuns Psicógrafos ou Escreventes: São os que transmitem as comunicações dos Espíritos através da escrita. Estes médiuns são muito comuns. Dividem-se em: mecânicos, semimecânicos e intuitivos.
Os mecânicos não têm consciência do que escrevem. A influência do pensamento do médium na comunicação é quase nula. A idéia do Espírito desencarnado se expressa com maior clareza, pois há grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica.
Já nos semimecânicos, a comunicação sofre uma influência um pouco maior do pensamento do médium. A dominação do Espírito sobre suas faculdades não é tão profunda. São a maioria entre os médiuns psicógrafos.
Os médiuns intuitivos são os que recebem a idéia do comunicante e a interpretam de acordo com seu conhecimento pessoal. Existem outras variedades de médiuns que serão estudadas futuramente em O Livro dos Médiuns, no capítulo que trata de sua classificação

OS FINS DA MEDIUNIDADE

A MEDIUNIDADE E SEUS FINS

A mediunidade tem várias finalidades para o ser humano. No serviço de intercâmbio mediúnico, ela torna-se o elo entre os dois mundos, o físico e o espiritual, demonstrando através dos fenômenos, a existência das coisas invisíveis. Permite que os Espíritos desencarnados nos enviem mensagens esclarecedoras falando da vida e do Universo criado por Deus. Ajuda-nos a curar e aliviar as dores físicas e morais de enfermos e desajustados.
O canal mediúnico é a via de acesso que o Espírito encarnado mantém permanentemente aberta para o mundo invisível. Por ele, a criatura recebe influências positivas e negativas, que a excita ao progresso. Usando do seu livre-arbítrio, o Espírito poderá segui-las ou ignorá-las, colhendo com isso, os frutos da lei de plantio e colheita.
Através de milhares de encarnações, o Espírito segue o caminho do crescimento espiritual, até adquirir sabedoria e domínio sobre suas más inclinações. Os Espíritos encarnados exercem constante influência sobre os desencarnados e vice-versa. Esta interinfluenciação se dá através dos pensamentos e dos sentimentos individuais e coletivos.
Embora a faculdade propriamente dita seja orgânica, o uso bom ou mal que o médium pode dar a ela depende de sua qualidade moral. Por isso, o médium que não trabalha em sua própria edificação, torna-se presa fácil de maus Espíritos, dando finalidade imprópria para um dom que lhe foi dado por Deus para que servisse como instrumento de sua melhoria interior.

"Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou. As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais" - (Allan Kardec - O Livro dos Médiuns, questão 227).

TIPOS DE MÉDIUNS

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os Espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas" - (I Coríntios, cap. 12, 7-10).

Os médiuns podem ser divididos em duas grandes categorias: médiuns de efeitos físicos e médiuns de efeitos intelectuais. Cada uma delas tem uma finalidade específica frente à humanidade do nosso tempo.

a) Médiuns de Efeitos Físicos

São os médiuns dotados de faculdade capaz de produzir efeitos materiais ostensivos. Seus trabalhos têm a finalidade de chamar a atenção da incredulidade humana para a existência dos Espíritos e do mundo invisível. Produzem fenômenos materiais, tais como: movimento de corpos inertes, ruídos, voz direta, curas fenomênicas, transportes etc.
Os médiuns de efeitos físicos podem ser divididos em dois grupos: os facultativos, que têm consciência dos fenômenos que produzem; e os involuntários, ou naturais, que não possuem consciência de suas faculdades e são usados pelos Espíritos para promoverem manifestações sem que o saibam. Certas comunicações dadas por Espíritos desencarnados através de aparelhos eletrônicos (TCI), onde alguns autores disseram não haver necessidade da presença da mediunidade, foram produzidas por ação de médiuns de efeitos físicos involuntários.
Esse tipo de médium era muito comum no advento do Espiritismo e foi muito útil na divulgação das idéias espíritas, chamando a atenção das pessoas para a realidade do fenômeno.

MEDIUNIDADE

O QUE É A MEDIUNIDADE

A mediunidade é uma sensibilidade existente nos seres vivos. É uma espécie de "janela" pela qual se recebem as influências do plano espiritual. Toda criatura viva possui mediunidade ou ao menos seus rudimentos. No homem, ela se apresenta mais complexa e pode, em alguns casos, ser utilizada de "ponte" entre os dois planos da vida. Allan Kardec denominava "médiuns" somente as pessoas capazes de produzir fenômenos ostensivos com suas faculdades.

"Quem quer que seja apto a receber ou transmitir as comunicações dos Espíritos é, por isso mesmo, um médium, seja qual for o meio empregado e o grau de desenvolvimento da faculdade - desde a mais simples influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos. Contudo, no uso corrente, o vocábulo tem uma acepção mais restrita e se diz geralmente das pessoas dotadas de um poder mediatriz muito grande, tanto para produzir efeitos físicos, como para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra" - (Allan Kardec, Revista Espírita, Fevereiro, 1859).

A mediunidade independe das condições morais do indivíduo. Às vezes, criaturas de moral duvidosa possuem belíssimas faculdades, enquanto outras, probas, cultas, dedicadas às coisas de Deus, não conseguem produzir nem mesmo pequenos efeitos. A mediunidade, conforme a define Allan Kardec, depende de uma organização física mais ou menos apropriada para manifestar-se. É proveniente de uma disposição orgânica existente entre as ligações do corpo carnal com o perispírito.
Existem dois obstáculos que dificultam a prática da mediunidade de modo racional e produtivo. O primeiro deles é o uso que se pode dar à faculdade. Há médiuns que a utilizam de forma incorreta e prejudicial a quem deles se serve. Tornam-se adivinhadores ou meros ledores de sorte. O outro problema é a presença ostensiva de Espíritos inferiores junto dos médiuns, quando começam o exercício da faculdade. Tal fato constitui-se em verdadeiro estorvo ao progresso dos iniciantes, principalmente quando ainda estão envolvidos naturalmente pela insegurança.

ESPIRITÍSMO

O QUE É O ESPIRITISMO

O Espiritismo é um conjunto de princípios e leis, revelados pelos espíritos superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns,O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Céu e o Inferno e A Gênese. É o consolador prometido que veio no devido tempo, recordar e COMPLEMENTAR o que Jesus ensinou, trazendo assim, à humanidade as bases reais para sua espiritualização.

O QUE REVELA

Revela conceitos novos e mais profundos a respeito de DEUS, do universo, dos homens, dos espíritos e das leis que regem a vida. Revela ainda, O QUE SOMOS, DE ONDE VIEMOS, PARA ONDE VAMOS, qual a razão da dor e do sofrimento. O Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento e do comportamento humano, por isso pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

A PRÁTICA ESPÍRITA

Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho:

"Dai de graça o que de graça recebeste".

O Espiritismo não impõe seus princípios.
Convida os interessados em conhecê-lo, a submeter os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A prática Espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade.

O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, velas, procissões, sacramentos, bebidas alcoólicas ou alucinóginas, incenso, talismã, pirâmide, cristais, ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

A mediunidade, que permite a COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinatária de vida que adote.

O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza a todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização entre todos os homens, independentemente da sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social.

"É fundamental que se estude as obras de ALLAN KARDEC
para o correto conhecimentos da doutrina espírita".

ALMA

A Alma Após a Morte

149. Que sucede à alma no instante da morte?

- Volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se apartara momentaneamente.


150. A alma, após a morte, conserva a sua individualidade?


- Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?



a) - Como comprova a alma a sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo material

- Continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.

b) - A alma nada leva consigo deste mundo?



- Nada, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela fez da vida. Quanto mais pura for, melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.


151. Que pensar da opinião dos que dizem que após a morte a alma retorna ao todo universal?


- O conjunto dos Espíritos não forma um todo? Não constitui um mundo completo? Quando estás numa assembléia, és parte integrante dela; mas, não obstante, conservas sempre a tua individualidade.


152. Que prova podemos ter da individualidade da alma depois da morte?


- Não tendes essa prova nas comunicações que recebeis? Se não fôsseis cegos, veríeis; se não fôsseis surdos, ouviríeis; pois que muito amiúde uma voz vos fala, reveladora da existência de um ser que está fora de vós.



Os que pensam que, pela morte, a alma reingressa no todo universal estão em erro, se supõem que, semelhante à gota d’água que cai no Oceano, ela perde ali a sua individualidade. Estão certos, se por todo universal entendem o conjunto dos seres incorpóreos, conjunto de que cada alma ou Espírito é um elemento.


Se as almas se confundissem num amálgama só teriam as qualidades do conjunto, nada as distinguiria uma das outras. Careceriam de inteligência e de qualidades pessoais quando, ao contrário, em todas as comunicações, denotam ter consciência do seu eu e vontade própria. A diversidade infinita que apresentam, sob todos os aspectos, é a conseqüência mesma de constituírem individualidades diversas. Se, após a morte, só houvesse o que se chama o grande Todo, a absorver todas as individualidades, esse Todo seria uniforme e, então, as comunicações que se recebessem do mundo invisível seriam idênticas. Desde que, porém, lá se nos deparam seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desgraçados; que lá os há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e ponderados, etc., patente se faz que eles são seres distintos.



A individualidade ainda mais evidente se torna, quando esses seres provam a sua identidade por indicações incontestáveis particularidades individuais verificáveis, referentes às suas vidas terrestres, Também não pode ser posta em dúvida, quando se fazem visíveis nas aparições. A individualidade da alma nos era ensinada em teoria, como artigo de fé. O Espiritismo a torna manifesta e, de certo modo, material.


153. Em que sentido se deve entender a vida eterna?



- A vida do Espírito é que é eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma retoma a vida eterna.

a) Não seria mais exato chamar vida eterna à dos Espíritos puros, dos que, tendo atingido a perfeição, não estão sujeitos a sofrer mais prova alguma?

- Essa é antes a felicidade eterna. Mas isto constitui uma questão de palavras. Chamai as coisas como quiserdes, contanto que vos entendais.

Cópia de O Livro dos Espíritos, de Allan Karde

ABORTO

Aborto

"Pergunta 357 - Quais são, para o Espírito, as conseqüências do aborto?

─ Uma existência nula a recomeçar.

Pergunta 358 - O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção?

─ Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.

Pergunta 359 - No caso em que a vida da mãe estivesse em perigo pelo nascimento da criança, haveria crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?

─ É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe". (1)

Depois de tecer várias notas sobre a importância da família e do relacionamento entre os cônjuges, o Espírito Emmanuel anota:

"Habitualmente ─ nunca sempre ─ somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira de casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos.

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria.

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhe podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje ─ e isso ocorre em todas as comunidades da Terra ─ inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.

Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões". (2)

"A mulher que assassina o filho indefeso na intimidade de si mesma, sob a alegação de que é dona de seu corpo, usa um sofisma materialista. Nosso corpo é um empréstimo de Deus para a jornada humana. Muito mais que direitos temos deveres vinculados ao seu uso. O primeiro é preservá-lo, utilizando-o disciplinadamente, com consciência de suas necessidades. O segundo é o de respeitar a vida gerada dentro dele, em obediência aos desígnios divinos, porquanto ao Criador compete decidir sobre os destinos da criatura". (3)



Cópia de trechos dos livros:
(1) O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
(2) Vida e Sexo, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de F. C. Xavier.
(3) Quem Tem Medo da Morte?, de Richard Simonetti.

(Org. por Sérgio Biagi Gregório

SONHOS

O SONO E OS SONHOS

INTRODUÇÃO

Chama-se emancipação da alma o desprendimento do Espírito encarnado, possibilitando-lhe afastar-se momentaneamente do corpo físico que anima. Esta emancipação da alma é fenômeno que pode ocorrer em várias situações ou circunstâncias da vida humana, entre elas o sono.

Que é sono? É o estado em que cessam as atividades motoras e sensoriais e o corpo repousa. Há o refazimento das forças físicas.

Mas o sono tem uma significação muito mais profunda e conseqüências muito mais amplas no conjunto integral da vida humana. Enquanto o corpo repousa, mantendo-se adormecido, não necessitando da presença do Espírito para comunicar-lhe atividades físicas ou mentais, este se liberta, afasta-se do corpo, reintegra-se em suas faculdades perceptivas e ativas, passando a agir a distância do instrumento físico.

Graças ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos.

Quando o corpo se entorpece, seja qual for a causa, sono natural ou artificialmente provocado pela hipnose, sonambulismo, drogas, narcose, etc., a alma se emancipa, desprende-se parcialmente e pode entrar em relação com o plano espiritual.

Allan Kardec formulou aos Espíritos, dentro deste assunto, perguntas muito interessantes, obtendo respostas, por sua vez, sumamente instrutivas.

"Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

R. Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. " [LE-qst 401]

"Como podemos julgar a liberdade do Espírito durante o sono?

R. Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, tem o Espírito mais liberdade do que no estado de vigília." [LE-qst 402]

O Sonho é, portanto, a soma das lembranças daquilo que o espírito viu e viveu em desdobramento, quando seu espírito se encontrava livre, e das reminiscências diárias - as imagens e situações da vida desperta que se encontram guardadas em seu insconsciente.

Essas lembranças são, geralmente, fragmentárias e tê-las mais nitidamente depende do grau de desenvolvimento das nossas percepções psíquicas. Às vezes, fica só a lembrança da perturbação que antecede o desprendimento do Espírito ou que se segue a ele, no momento de despertar. Essa perturbação resulta em imagens confusas. Misturamos cenas vistas durante a vigília às preocupações de nossa vida diária. Mesmo as imagens que resultam da nossa vivência real no mundo dos Espíritos não são lembranças fiéis, já que mesmo dormindo, não nos libertamos totalmente das nossas idéias e preocupações do período de vigília, o que pode dar ao que vemos a aparência do que desejamos ou do que tememos.

CLASSIFICAÇÃO DOS SONHOS

Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] propõe a classificação dos sonhos em:

Sonhos Comuns

Seriam as lembranças dos quadros que permanecem impressos em nossas própria mente. São imagens, às vezes, confusas e caóticas.

Estão relacionados com o nosso cotidiano. Muitas vezes, ficamos presos ao corpo pelas preocupações materiais, idéias fixas, aspirações comuns e nos ligamos ao que mais nos preocupa ou fascina. São muito freqüentes, dada à nossa condição espiritual.

Sonhos Reflexivos

São aqueles em que o desprendimento ou emancipação da alma permite um mergulho mais profundo em nossos registros perispirituais, recuperando imagens, cenas de vidas passadas. Estas imagens são coerentes e se apresentam mais nítidas, como cenas de um filme. Os sonhos reflexivos podem ser conseqüentes, algumas vezes, a determinado fato de nossa vida real que nos leva a vivenciar cenas do pretérito, ou ainda, poderão ser induzidos por Espíritos desencarnados superiores ou inferiores.

Sonhos Espíritas

São lembranças de nossa vivência real no mundo dos Espíritos. São recordações de encontros, estudos que participamos, conversas, tarefas que desenvolvemos, etc. Podem ocorrer também, perseguições e acontecimentos desagradáveis, sempre em função de nossa sintonia espiritual.

Yvonne A. Pereira relata-nos em suas obras inúmeros sonhos espíritas, vivências de sua tarefas assistenciais no plano espiritual. Ela os chama de sonhos magnéticos, por serem aqueles que registram tarefas mediúnicas, e suas cenas são precisas e inteligentes. Alguns revelam acontecimentos futuros, outros são revelações dos amigos espirituais, instruções ou aulas, avisos de fatos ligados ao trabalho mediúnico. Aos que revelam acontecimentos futuros, Allan Kardec os chama de proféticos e temos vários exemplos na Bíblia.

A leitura das obras de André Luiz poderá nos fornecer muito material na elucidação dos sonhos. Encontramos nestes livros relatos de sonhos vistos da perspectiva dos Espíritos e, através desta leitura, poderemos compreender melhor o desprendimento natural do sono físico, nossas experiências durante a emancipação da alma.

Os sonhos são tão diversos e infinitas as suas modalidade que estudos profundos têm sido realizados à respeito pela Ciência oficial, sem contudo, encontrar explicações convincentes. Isto porque as análises e interpretações se prendem à parte física apenas. Somente o conhecimento das leis que regem os fenômenos espíritas, principalmente, o estudo do perispírito e suas propriedades, irão aclarar estas informações.

Nem todos os sonhos dão idéia de libertação da alma.

André Luiz [Mecanismos da Mediunidade] diz que quanto mais inferiorizado o homem, mais dificuldade terá na emancipação espiritual durante o sono físico.

Para o homem primitivo, o sono nada mais é que puro e absoluto refazimento físico. Nos primeiros estágios da evolução, o sonho seria invariável ação reflexa de nosso próprio mundo consciencial e afetivo.

Da mesma forma que o sensitivo vai até ao local sugerido pelo hipnotizador, a criatura sob hipnose natural que é o sono, fora do corpo físico, vai também até ao local sugerido ou será atraída através do próprio desejo que é o reflexo condicionado, até ao local que se lhe vincula o pensamento.

Pelas informações deste autor espiritual, nossos sonhos são agradáveis ações construtivas que nos ligam a Espíritos afins, propensos ao bem, ou a ações negativas, deprimentes se nossa sintonia for inferior.

A maior ou menor emancipação da alma durante o sono está relacionada, segundo os ensinamentos dos Espíritos, com o nosso grau de evolução.

Em [LE-qst 403] Allan Kardec indaga:

"Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?

R. Em o que chamas sono, só há repouso do corpo, visto que o Espírito está sempre em atividade. Recobra, durante o sono, um pouco de sua liberdade e se corresponde com os que lhe são caros, quer deste mundo quer em outros. Mas, como é pesada e grosseira a matéria que compõe o corpo, dificilmente este conserva as impressões que o Espírito receber, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais."

Poderíamos explicar mais detalhadamente assim:

No estado de vigília as percepções se fazem com o concurso dos órgão físicos - os estímulos são selecionados pelos sentidos, transmitidos pelas vias nervosas ao cérebro; aí são gravadas para serem reproduzidas a cada evocação pela memória biológica. No sono cessam as atividades motoras e sensoriais. O Espírito liberto age no plano espiritual e sua memória perispiritual registra os fatos que vivencia, sem chegar, contudo, ao cérebro físico. Tudo é percebido diretamente pelo Espírito, mas nada impede que, excepcionalmente, por via retrógrada, as percepções da alma repercutam no cérebro físico. Então, ocasionalmente, o homem se lembra do que sonhou.

É sempre oportuno lembrar que ao nos desprendermos no sono físico penetramos no mundo espiritual, onde não prevalecem as leis físicas e estaremos sujeitos às leis do mundo espiritual, em que o grau de densidade perispiritual e a lei de atração dos semelhantes determinarão outras limitações, fixando os parâmetros de nossa vivência.

Allan Kardec nos chama atenção para a diferença entre sonho comum e sonho com desdobramento da alma. Ele diz:

"O sonho é a lembrança do que o vosso Espírito viu durante o sono; mas observai que nem sempre sonhais porque nem sempre vos lembrais daquilo que vistes ou que ouvistes. Isto porque não tendes a vossa alma em todo o seu desenvolvimento; freqüentemente não vos resta mais que a lembrança da perturbação da vossa partida e da vossa volta (...). Sem isto como explicaríeis estes sonhos absurdos a que estão sujeitos tanto os sábios como os ignorantes?

Os maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes. (...) Procurai distinguir bem estas duas espécies de sonhos entre aqueles do que vos lembrardes, sem isto cairíeis em contradição e em erros que seriam funestos para vossa fé."

A análise dos sonhos pode nos trazer informações valiosas para nosso auto-conhecimento. Contudo, devemos nos precaver contra as interpretações pelas imagens ou lembranças esparsas. Há sempre um forte conteúdo simbólico em nossa percepções psíquicas que, normalmente nos chegam acompanhadas de emoções e sentimentos.

Se ao despertarmos, nos sentimos envolvidos por emoções boas, agradáveis, vivenciamos uma experiência positiva durante o sono físico. Ao contrário, se as emoções são negativas, nos vinculamos, certamente, a situações e Espíritos inferiores de acordo com nossos hábitos, vícios morais, pensamentos negativos.

Daí a necessidade de adequarmos nossas vidas aos ensinamentos cristãos, vivenciando o amor, o perdão e altruísmo habituando-nos à oração antes de dormir, para nos ligarmos a valores positivos e sintonias superiores.

Teremos, então, sonhos mais agradáveis, construtivos e iremos perceber melhor a nossa participação real durante o sono, separando-a das imagens que estão fixadas em nossa aura ou daquelas arquivadas em nossa memória perispiritual.

Bibliografia

1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) Mecanismos da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier
3) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
4) Revista Espírita, jul/1865 - Allan Kardec
5) Revista Reformador, jan/1969 - Yvonne A. Pereira
6) Revista Reformador, set/1989 - Dalva Silva Souza

Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG