sábado, 18 de dezembro de 2010

O EVANGELHO NO LAR

“Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da prece. Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico....O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza,... As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contacto com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm à distância, procurando outros rumos...” (Grifei).

Como realizar o Culto em família?

a) - escolhe-se dia da semana e hora, nos quais os familiares estejam presentes. Ser pontuais e constantes;

b) - uma pessoa dirige, e todos devem participar: com prece, leitura e comentários (no momento de palavra livre), revezando-se nas tarefas, para melhor aproveitamento;

c) - não se deve impor a participação, mas estimulá-la, fraternalmente;

d) - criar ambiente amistoso, de respeito, favorecendo a alegria e a participação;

e) - colocar água pura sobre a mesa, para receber os benefícios espirituais. Se houver alguém enfermo, preparar vasilha só para ele;

f) - alguém faz a prece inicial em voz alta e os demais a acompanham em pensamento. Deve-se pedir, agradecer e louvar a Deus. Não pedir só para si: lembrar dos enfermos, dos governantes, dos amigos e inimigos, dos antepassados, dos vizinhos, etc.;

g) - estudar o Evangelho em seqüência, item por item. Ao concluí-lo, recomeçar;

h) - ler outras mensagens. Sugestão de livros: “Pão Nosso”; “Vinha de Luz”; “Fonte Viva”; “Caminho, Verdade e Vida”; “Coragem” e outros. Para as crianças: “Alvorada Cristã”; “Jesus no Lar”; “...E Para o Resto da Vida”.

i) - prece de agradecimento.

Duração: cerca de 30 minutos, não indo além de uma hora, excepcionalmente.. Não deve haver manifestações mediúnicas. Sua finalidade básica é o estudo do Evangelho, para aprendizado, à luz da Doutrina Espírita. Não suspender o culto, com a chegada de visita, mas, convidá-la à participação. No dia escolhido, dar prioridade ao Culto, adiando-se passeios e festas. Só situações graves justificam a não realização do Culto do Evangelho.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ORAÇÃO PARA CUMPRIR A MISÃO DE AMAR

Oração para cumprir a missão de amar

Deus é a fonte do amor, e o homem é a estação transmissora, através da qual Deus manifesta e concretiza o amor no mundo todo. Por isso, quando o homem manifesta plenamente o amor, ele está cumprindo a sua missão; e Deus, por sua vez, sentirá uma grande satisfação. Através do amor é que se une a humanidade, cessam os conflitos e se efetiva a paz no mundo.
O amor desconhece o ódio, assim como a luz desconhece a treva. Quando o amor se manifesta plenamente, o ódio desaparece de modo natural. Aquele que possui verdadeiro amor não se encoleriza. Sendo o amor o sentimento de que “eu e o outro somos um”, aquele que o possui coloca-se sempre no lugar do outro para pensar e agir. Quando todos passarem a proceder desta forma, desaparecerão os atritos e surgirá a harmonia; cessarão os conflitos e realizar-se-á o paraíso de paz.
Aquele que possui amor não se desespera. Isto porque, sendo o amor sinônimo de Deus e sendo Este onipotente, o amor também é onipotente. Se alguém trai a minha confiança, é porque o meu amor era insuficiente, ou melhor, eu não soube manifestá-lo suficientemente. O amor terá a sua missão cumprida quando for manifestado e colocado em prática. O amor não é algo imaginário, nem um simples conceito. Ele consiste na sincera prática do bem. O amor que não se põe em prática é hipocrisia; nele não há sinceridade.
O amor que não contiver sinceridade é falso. O amor deve ser autenticado pela sinceridade. Havendo sinceridade, o amor sempre se fará acompanhar pela ação. O amor verdadeiro não é sentimentalismo; é a irresistível vontade de praticar a Verdade. Um amor sem essa força de vontade é hipocrisia com máscara de amor.
O amor não exige que o ser amado seja belo. O sentimento que faz questão de beleza de ser amado é uma simples “atração física”, e não “amor”. Aquele que sente verdadeiro amor transcende o belo e o feio da pessoa amada e olha a perfeição da Imagem Verdadeira que se aloja no interior dela. Não só olha, mas dedica-se sinceramente para extrair essa perfeição. Quem possui verdadeiro amor olha a natureza divina, reverencia-a, serve-lhe, contempla-a e espera pacientemente a sua manifestação, sem desanimar facilmente, caso o resultado não apareça imediatamente no plano fenomênico.
O verdadeiro amor não é amor-próprio nem se restringe ao altruísmo. Ele é manifestação de Deus. O corpo carnal apenas serve ao amor, isto é, à manifestação de Deus. Neste momento sinto no profundo da minha alma o Amor de Deus e consigo amar a todas as pessoas igualmente como se amasse a mim mesmo.
Obrigado, Deus, por ter me concedido tão grande amor!

REFLEXÃO

Quando não há possibilidades...♥DEUS faz o milagre.♥
♥E sabes porque? Porque Ele te ama como ninguém jamais amou ♥

CHICO XAVIER

REFLEXÃO

“A morte não é a maior perda da vida...
A maior perda da vida, é o que morre
em nós, enquanto estamos vivos”.

CHICO XAVIER

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A CRUZ



A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. A cruz dos velhos tempos Romanos não conhecia acordo; ela nunca fez concessões. Ela venceu todas as suas disputas matando o seu oponente e silenciando-o de uma vez para sempre. Ela não poupou Cristo, mas o matou assim como os outros. Ele estava vivo quando O penduraram naquela cruz e completamente morto quando O tiraram dela seis horas mais tarde. Isso era a cruz, a primeira vez que apareceu na história Cristã.

Depois que Cristo foi levantado da morte os apóstolos saíram para pregar Sua mensagem, e aquilo que pregavam era a cruz. Onde quer que eles fossem pelo mundo afora carregavam a cruz e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de um perseguidor de Cristãos para um crente gentil e um apóstolo da fé.O poder da cruz transformou homens maus em bons. Ela livrou a longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo Ocidental. Tudo isto ela fez e continua a fazer enquanto for permitido permanecer sendo o que era originalmente, uma cruz. Seu poder se foi quando foi mudada de algo de morte para algo de belo.

Quando os homens fizeram dela um símbolo, pendurando-a aos seus pescoços como um ornamento ou fizeram seu esboço diante das suas faces como um sinal mágico para repelir o maligno, então ela se tornou na melhor das hipóteses um fraco emblema, e na pior das hipóteses um fetiche positivo. Como tal ela é venerada hoje em dia por milhões que não sabem absolutamente nada sobre o seu poder.

A cruz alcança seu fim pela destruição de um padrão estabelecido, a vítima, e cria um outro padrão, seu próprio. Assim, ela tem sempre seu estilo. Ela vence através da derrota do seu oponente e imposição da sua vontade sobre ele. Ela sempre domina. Ela nunca se compromete, nunca negocia nem concede, nunca renuncia um ponto por motivo de paz. Ela não se importa com a paz; ela se importa somente em acabar com sua oposição o mais rápido possível. Com perfeito conhecimento de tudo isto Cristo disse, “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 6:24).Assim a cruz não somente provoca um fim à vida de Cristo, ela também dá fim à primeira vida, a velha vida, de cada um dos Seus verdadeiros seguidores. Ela destrói o velho padrão, o padrão de Adão, na vida do crente e o conduz a um fim. Então o Deus que ressuscitou Cristo da morte ressuscita o crente e se inicia uma nova vida. Isto, e nada menos é Cristianismo verdadeiro!

Entretanto não podemos deixar de reconhecer a divergência crucial deste conceito daquele defendido pelos membros evangélicos de hoje. Porém não ousamos qualificar a nossa posição. A cruz permanece bem acima das opiniões dos homens e para aquela cruz todas as opiniões devem finalmente ir para julgamento. Uma liderança superficial e mundana modificaria a cruz para agradar os entretenimentos loucos dos religiosos que terão a sua diversão mesmo dentro do santuário; mas agir assim é procurar desastre espiritual e se expor ao perigo da ira do Cordeiro transformado em Leão.

Devemos fazer algo com relação à cruz, e somente uma de duas coisas podemos fazer fugir dela ou morrer nela. Se formos tão imprudentes para fugir devemos por este ato pôr de lado a fé de nossos pais e fazer do Cristianismo alguma outra coisa exceto o que ele é. Então teremos deixado somente a vazia linguagem da salvação; o poder se apartará com nosso apartamento da verdadeira cruz. Vida para estabelecer um padrão de vida completamente novo, livre e repleto de boas obras. Se formos sábios faremos o que Jesus fez; enfrentaremos a cruz e desprezaremos a vergonha pela alegria que está colocada diante de nós. Fazer isto é entregar todos os padrões das nossas vidas para serem destruídos e reconstruídos no poder de uma vida eterna. Descobriremos que isto é mais do que poesia, mais do que doce melodia e sentimento nobre. A cruz cortará em nossa vida onde ela fere mais, sem poupar nem a nós nem nossas reputações cuidadosamente cultivadas. Ela vai nos derrotar e levar nossas vidas egoístas a um fim. Somente então poderemos nos levantar em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida completamente novo, livre e repleto de boas obras.

A mudança de atitude em relação a cruz que vemos na ortodoxia moderna não prova que Deus tenha mudado, nem que Cristo tenha facilitado na Sua exigência de que carreguemos a cruz; antes significa que a Cristandade atual se afastou dos padrões do Novo Testamento. Até agora temos mudado tanto que isto pode necessitar nada menos do que uma nova reforma para restaurar a cruz para o seu lugar correto na teologia e vida da Igreja.


A.W.Tozer